segunda-feira, 28 de março de 2011

pandas em extinção.

é que é tanto adeus. é que é tanta distância. doses demoraram pra fazer efeito, nos amores se encontra mais defeito, o sorriso cada vez mais desfeito, só caminhe direito, comporte-se com respeito, coma o doce e ignore o veneno, é assim mesmo, carnavais acabados num aceno, só o inacabável é que foi pequeno, sobra só o sarcasmo ameno, a mágoa incurável, ninguém disse ser recomendável meter coração demais nesses casos, distribua abraços insossos e só se digne a uma pirueta decente.

inconformismo ainda escorre pela garganta e os mesmos olhos escuros me encaram selvagens, mas é que a parede do meu quarto anda cheia de informação demais e nem conselhos madrugadores eu tenho mais. consertei meus problemas. exagerei nos poemas. faltou o telefonema.

é que é muito fim. é que é a vida.

e, desculpa, já passou da hora de se pedir desculpas.



e se soar ambíguo, sim, pegou bem a linha do raciocínio.

5 comentários:

Marcelo Mayer disse...

"when in doubt...fuck it!

Fil. disse...

Esse teu texto daria uma bela de uma análise e discussão literária na minha aula de amanhã ^^

Ilzy Sousa disse...

Em frases tão pequenas tu resumi todo o mundo de tudo aquilo que eu sinto que eu sempre julguei nunca ser possível por em palavras.
Mais um dos teus textos que vai parar na minha memória longa, porque eu aprendo mesmo, pra ficar recitando no meu cérebro.

"é que é tanto adeus. é que é tanta distância." é que é tanta vontade de te abraçar.

Anônimo disse...

tá doendo?
não se preocupe, vai passar, a dor é uma fortaleza dentro de nós!

beijos.

Mariana Cotrim disse...

curta e grossa. indubitavelmente ritmado e contagiante.
parabéns pela complexidade das suas palavras, - mais uma vez - verônica.