sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

sobre os respingos de novembro.

aqui nunca foi lugar pra complacência e o Dostoévski e o Nabokov que você me deu talvez agora sintam orgulho. mesmo que ontem o porre tenha sido de vinho.
7:57 da manhã e as olheiras estão aqui, e hoje ainda é sexta - eu só não posso esquecer que aqui não é lugar pra complacência.

não sei se é digno ainda não ter chorado: eu só me sinto terrivelmente crua, sem o sutiã e amortecidamente calma, no lugar mais intrínseco e selvagem possível que é o de só sobreviver: a ontem a noite, àquela sexta e ao teu silêncio. e sobrevivendo assim, eu só consigo encarar o teto e simplesmente te amar.

de qualquer jeito, eu sei que agora é a vez do teu orgulho - então vai, continua o tango: porque minha parte de lasciva e adúltera já terminou.

2 comentários:

Mariana Cotrim disse...

confissões que deixam qualquer um que já amou ofegante.

Marcelo R. Rezende disse...

Nossa, que louco isso, às vezes tenho vontade de dizer que você é maravilhosa, mas acho que não precisa, né?