segunda-feira, 24 de abril de 2017

mar.

novamente a concha.
e eu me reconheço encerrada nessas paredes.
toda a realidade azul-marinho da redescoberta. de novo.
meus tentáculos soltos pela minha solidão.
e é salgado.
inóspito.
meu.
minha insegurança é a boia que me suga pra superfície que me faz oxidar e sufocar acuada.
e toda a falta de amor da minha vida permanece afogada. como um navio naufragado que uma hora ou outra acaba virando parte de mim.
cardumes de peixes coloridos às vezes aparecem feito entidades que podem me levar pra maldita superfície se eu me deixar levar distraída. coloridos e normalmente nocivos. eu não vou atrás. eu não posso ir.

eu vou continuar nadando.
afundada na minha tranquilidade marinha.
com meus corais e perigos. mas pelo menos em casa.



I am tired of punching in the wind
I am tired of letting it all in
and I should eat you up and spit you right out
I should not care but I don't know how.

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