quinta-feira, 16 de novembro de 2017

mar II

não me sacralize nem me elogie porque o café e a fumaça e os prazos e o cansaço é tudo um azedo parado e pesado: qualquer tipo de responsabilidade não vai me tornar livre ou afável.
e tudo envolve esforço.
não que seja incômodo.
mas é que remexer e refletir sobre tudo é às vezes só tão exaustivo.

tanta dúvida e tanto peso que existir parece ser só um afundar.

mas eu vou resolver que meus tremores são de alívio.
e que mesmo cansada, prossigo.
porque não existe nada em mim que eu não tenha conhecimento, mesmo as coisas não ditas. lucidez não é sinônimo de tranquilidade e eu nunca quis que minhas águas fossem calmas.

não me afogo.
cresço e prossigo.

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