sábado, 6 de janeiro de 2018

agridoce.

às vezes eu só tenho medo de te mastigar depressa demais.
igual comida. que a gente gosta tanto e come com tanta pressa de vontade do sabor que acaba rápido. que o gosto enjoa do paladar e vai embora.

às vezes só parece que teu amor pode partir a qualquer momento e eu não posso te exigir nada.

a única coisa que eu tenho de garantia é esse teu sorriso agridoce.
feito shoyu e mel misturados que sabe deus o que significa mas que você sabe do que eu acho.

eu nunca te quis assim.
mas eu te quero de qualquer jeito.
mesmo que nem seja você de verdade. 
mesmo que seja você só fruto da minha imaginação com raiva.

esses dias eu me peguei temendo tua partida porque de qualquer forma acabou a paixão por aqui.
é só amor agora.*
como se fosse manso feito você.
e inteirinho na minha vontade eterna de ti.







*como se meu amor fosse leve o bastante pra me fazer largar ou partir a qualquer momento de esquisitice tua que provavelmente me faria desistir se não fosse você. 
só que é você. 
e eu ainda preciso muito ficar pra te presenciar inteiro e sem floreio. 
com as tuas pintinhas e teu cheiro ameno. 
e pra te amar como se fosse sempre setembro.

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